sexta-feira, 4 de junho de 2021

*ELLA BLUM*

Oiiie galera!!! Como vão vocês?

Chegamos em junho, um mês muito especial! Para quem não sabe ou não se lembra, esse mês celebramos o orgulho LGBTQIA+!! A grande maioria dos artistas que eu trago para conversar com a gente aqui no blog, ou que eu escrevo sobre a carreira, é LGBTQIA+, assim como eu, e tenho realmente o maior orgulho e prazer em receber essa galera, mostrar o talento e o trabalho incrível desses artistas, porque a nossa luta segue. Queremos mais visibilidade, inclusão, respeito, direitos iguais, e uma sociedade cada vez mais aberta à diversidade.


Para comemorar com a gente este mês, convidei uma artista mega engajada na causa e que traz o tema em suas músicas! Ella Blum vai contar pra gente como começou sua carreira, vai compartilhar um pouco sobre experiências da vida que a fizeram compor praticamente todas as músicas do seu EP, do qual dois singles já foram lançados: "Claustrophobia", e "Unwanted" que saiu HOJE em todas as plataformas digitais!!

G42: Você sempre gostou de música? Tem artistas na família? Como começou essa paixão?

EB: Sim. Sempre estive em contato com a música através da minha família, mas todos fazem isso como um hobby. Eu desde o início nunca quis nada diferente da vida artística para minha carreira. Canto desde os 3 anos de idade, mas só comecei a ter aulas aos 10 anos. Depois explorei outras áreas na arte. Tenho formação em teatro musical, artes cênicas... Mas sempre fiz uma coisa interligada à outra. Nunca me afastei da música.

G42: Além de cantar você toca algum instrumento, como apoio pra fazer suas composições?

EB: Não toco nenhum instrumento. Componho só com a minha voz mesmo. Quando comecei a estudar canto ainda criança, estudei teclado. Mas parei de tocar já tem uns bons anos. As vezes ele me ajuda, mas meu conhecimento sobre ele é bem básico.

G42: Você quem compõe todas as duas músicas? Quem produz?

EB: Sim, eu mesma componho minhas músicas. Às vezes, em conjunto com meu produtor, Rique Azevedo, que foi quem me incentivou a criar de acordo com a minha essência e minha verdade.

G42: Como considera o gênero/estilo da sua música?

EB: Classifico minhas músicas como Indie Pop.

G42: Em qual ou quais artistas se inspira e busca referências pra compor e produzir?

EB: Minha maior inspiração para compor sempre foi Hayley Williams, da banda Paramore. Como as letras representam muito para mim na minha música, reparo bastante nisso em outros artistas. E acho que nos comunicamos de um lugar parecido. Além dela, outras mulheres que me inspiram nas composições são P!nk e Florence Welch. Também tenho influências de outras bandas como Panic! At The Disco, Arctic Monkeys e artistas pop como Lady Gaga.

G42: Tem algum artista que você sonha em fazer um feat.? Qual?

EB: Sim! Glória Groove. Acho uma grande artista, que apresenta um trabalho de muita qualidade e tem extrema importância no cenário LGBTQ+ no Brasil.

G42: Pesquisando mais a fundo sobre teu trabalho observei que você é uma artista que carrega uma "missão" de propor reflexões nas suas músicas, a respeito da diversidade, igualdade de direitos, principalmente ao que se refere a pessoas LGBTQIA+. Tanto no teu primeiro single "Claustrophobia" quanto em "Unwanted", você traz este tema, certo? Conta um pouco sobre a construção dessas músicas?

EB: Isso. Nesse EP inteiro eu falo sobre a minha experiência como uma mulher LGBTQ+. É sobre meu processo de “saída do armário”. Sensações que tive, coisas que passei, até que eu finalmente pude me libertar e viver sendo quem eu realmente sou, apesar das cicatrizes. Cada experiência é individual e foi assim que vivi a minha. Em “Claustrophobia”, minha primeira música, eu falo exatamente sobre o dia em que me tiraram do armário. Não respeitaram meu tempo e meu direito de fazer isso quando eu me sentisse segura, quando eu sentisse que não corria um risco real de rejeição, que foi exatamente o que aconteceu. Eu passei a ter muito medo de todo mundo. Me sentia pressionada o tempo todo e não sabia exatamente o que eu estava vivendo. Desenvolvi uma ansiedade muito grande e inclusive não me lembro muito de fatos. Lembro das coisas que ouvi e das sensações que tive. Por isso acho a letra de “Claustrophobia” bastante imagética.

Já em “Unwanted”, eu vinha num processo de recuperação, mas sentia que precisava criar um mundo novo, porque eu já não era bem-vinda no mundo que eu vivia antes... Alguns amigos foram embora, não cabia mais na minha família, as pessoas insistiam em agir como se nada tivesse acontecido e elas não tivessem me machucado. E é assim que eu retrato a rejeição nesta segunda música, nos diferentes formatos que eu experimentei que são a invisibilização, exclusão, uma pressão social para que eu me tornasse o que as pessoas queriam que eu fosse. Nessa música acho que todos os elementos colaboram pra uma atmosfera de ansiedade, desespero, que só é aliviada diante da perspectiva do sonho que trago num pequeno trecho especial, que já é logo seguido pela modulação que aumenta ainda mais o grau de tensão da realidade. E como em "Claustrophobia", apesar de tratar de um tema com este peso, ainda é uma música pra você cantar alto, dançar e se libertar.

Curiosx?? Bora nas plataformas digitais para ouvir "UNWANTED" e apoiar nossa artista!!!

Siga Ella Blum nas mídias sociais!!

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