sexta-feira, 25 de junho de 2021

* MATHEUS ESTEVÃO *

Boa tarde!! Boa sexta feira pra todo mundo!!

Pessoal, essa semana batemos um papo muito legal e interessante com o artista independente Matheus Estevão!

Matheus tem 26 anos e é da cidade de São José dos Campos em São Paulo. Além de cantor, compositor e músico, também é produtor de alguns de seus trabalhos autorais. O artista despertou a vocação pra arte e música desde pequeno, também por influência de familiares que tocam. 

Matheus Estevão criou também o Projeto ECMI, onde desenvolve aulas que orientam o direcionamento de carreira de artistas independentes, e conta um pouco pra gente como surgiu tudo. 


G42: Qual o gênero/estilo da sua música?

ME: Ainda me descobrindo dentro dos estilos, mas meu trabalho permeia a música popular com influências de ritmos brasileiros.


G42: Em qual ou quais artistas se inspira?

ME: Me inspiro muito em artistas que pude presenciar o show como Liniker, Diego Moraes...e, claro, estou sempre atento em novas tendências e naturalmente incorporo detalhes de músicos que escuto e me identifico.


G42: Tem algum artista que você sonha em fazer um feat.? Qual?

ME: Seria massa fazer um feat com Anavitória e também com o Mc Marechal (risos). São tantos os artistas que admiro, são tantas as possibilidades e acho que seria válida essa mistura.


G42: "Confinamenos" foi teu último trabalho autoral, lançado em novembro do ano passado, certo? Você quem produziu? Usou referências para produção?

ME: Sim! Foi meu último trampo autoral. Essa música questiona certos posicionamentos, certos pensamentos negacionistas, anticultura, que já vinham permeando a sociedade com bastante força e que durante a pandemia a gente teve alguns reflexos interessantes que eu quis pontuar, como por exemplo o lance do artista, porque esse governo atual é totalmente antiarte, antiartistas, e nos trata como se não fossemos importantes, quando na realidade vimos totalmente o contrário na pandemia. Vimos o quanto a arte é necessária perante a saúde mental, por exemplo. 

Fui eu que produzi sim! As referências, para a parte musical, tem uma pegada meio circense. Te confesso que eu não tenha uma música ou artista específico que tenha pensado para surgir ela, porque eu deixei realmente ela fluir. O clipe, todo mundo compara muito com O Teatro Mágico, que eu acho uma honra enorme, a questão do figurino e tal, mas foi inspirado nos Jogos Vorazes, nos personagens da capital, que são pessoas que vivem ali com todo o luxo, enquanto os outros distritos vivem na miséria e a gente retratou essas pessoas ali.


G42: Em relação ao projeto ECMI, que você criou junto com a tua namorada, a Dessana, quando começou a ideia e qual objetivo principal do projeto?

ME: O ECMI começou com o objetivo de entender melhor como que funciona esse mercado (artístico), inserir e ressignificar coisas que eu já acreditava. A gente viu (eu e Dessana, que é a alma também do meu trabalho aqui, ela ta sempre junto comigo, a gente planeja as ações dos lançamentos, clipes e tudo mais) que essa parte de produção de conteúdo poderia ser importante para a carreira. E vimos que já estávamos em um caminho legal, que muitas coisas a gente já aplicava da maneira correta, então pensamos em por que não passar isso adiante, por que não ensinar outros artistas, outras pessoas, colocar à disposição esse conhecimento, essa prática, pois tudo o que a gente fala saiu de uma prática de coisas que a gente foi lá, testou, e deram certo. Por exemplo, aqui na nossa cidade eu loto os teatros que me apresento, a gente tem uma repercussão muito boa aqui e tudo isso devido realmente à esse trabalho de mídia que a gente faz além da parte musical. E daí tem algumas críticas em relação à se dedicar na parte de produção e deixar de lado a criação, e eu acho que as coisas podem andar juntas. Hoje o mundo mudou...é interessante e inteligente a gente entender como que isso funciona, como essa comunicação evoluiu e como a gente pode aproveitar isso pra fazer valer uma voz mais forte para o nosso trabalho, e com isso expandir as causas que a gente acredita e fazer as benfeitorias ou reivindicar as questões sociais que acreditamos. Então hoje o artista independente tem que ser o seu relações públicas, seu editor de vídeo, seu produtor, a gente faz tudo mesmo.

G42: Sobre a situação de pandemia que estamos vivendo, em qual momento da carreira você estava quando a Covid veio à tona?

ME: Estava preparando uma sequência de shows para realizar no Vale do Paraíba e a pandemia parou tudo. Quero realizar também um mini festival mensal incluindo artistas da cidade, esses planos ficaram pra depois.


G42: Sabemos que tudo isso trouxe grandes prejuízos pro mundo da música e entretenimento, principalmente pra artistas independentes, mas você acha que em meio a toda essa situação também ocorreram coisas positivas (artisticamente falando)? No sentido de ter tido mais tempo para criações e tudo mais...

ME: Tivemos mais tempo sim para criar, mas como cria com a saúde mental ferrada? Como colocar em prática qualquer tipo de produção se a cabeça só tem espaço pra preocupação? É muito complicado... eu aprendi nesse meio tempo que devo de fato focar nos meus trabalhos autorais e investir na minha carreira. Eu fazia de tudo um pouco e esses outros trabalhos pararam por conta da pandemia, o autoral foi responsável por me manter financeiramente, seja com lives ou outros tipos de projetos que já estavam prontos e que consegui desenvolver com muito custo. Eu falo sobre acreditar pois há um caminho paupável, possível, pra trilhar a carreira. No @projetoecmi a gente falou muito sobre isso, que se você se dedicar da maneira correta em relação a sua carreira as coisas irão acontecer sim! Acreditamos que carreira musical só é bem sucedida quando falamos de Main Streaming, quando falamos em números gigantescos, mas não precisa ser assim! Um ou uma musicista que consegue sustentar sua família e viver dignamente JÁ É BEM SUCEDIDO! O parâmetro não pode ser tão alto, se a meta for somente aquela gigantesca corremos o risco de nos decepcionarmos no meio do caminho, devemos traçar pequenas metas e comemorar cada conquista. Fazemos o que gostamos e isso tem que ser prazeroso, esse caminho tem que ser traçado com carinho e cuidado. Mas é claro que podemos e devemos sonhar grande.


G42: E os planos aí pra um futuro próximo (risos)? Quer compartilhar com a gente? Teremos música nova? Projetos no forno?

ME: Música nova teremos “Liberdade”, que vai sair agora no início de Julho, e é uma participação que eu faço na verdade com o Rafa Ribeiro (outro artista aqui de São José), e essa música tá muito massa, a produção é do Ge Alvarenga. Estou muito focado na produção de conteúdo por enquanto, mas tenho um projeto sim de lançar um álbum, é meu próximo passo, estou focando energias nisso, já mostrei umas das músicas para a galera (“Ah se você”) e quem sabe aí até o final do ano ele sai.

Agora que já conhece um pouco da carreira e projetos do Matheus, corre lá! Segue ele nas mídias, ouve o trabalho dele nas plataformas digitais e se inscreve no canal do Youtube pra acompanhar o que vem por aí!!


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