Com apenas 19 anos, Pedro Humberto, mais conhecido como Pebe, é cantor, compositor e ator. O carioca teve sua estreia no mundo da música em 2018 com o single “Neon”. Em 2019, lançou mais 4 músicas, dentre elas “Deixe Ela”, que teve clipe lançado no dia 07 de setembro no Youtube. A música alcançou o #5 lugar no iTunes Brasil. Em janeiro de 2020 estreou o debut-single do seu primeiro álbum de estúdio, o EP intitulado “Prazer”, cujo clipe foi gravado nas dunas do Rio Grande do Norte. Em seguida lançou “Não Era Amor”, segundo trabalho do EP, em parceria com o cantor Dornelles, que também emplacou em #5 lugar na iTunes nacional e atualmente está na marca de aproximadamente 21k de plays no Spotify. Na sequência, em março do mesmo ano, Pebe lança o EP “Prazer” na íntegra.
Veja a seguir a entrevista que o artista concedeu ao Garagem 42:
Foto: José BismarckSempre gostou de música? Tem artistas na família? Como começou essa paixão?
Não vou repetir essas frases clichês de “a música é tudo pra mim”, porque na verdade ela é a única forma que eu tenho de contar sobre acontecimentos da minha vida, pelas composições, e cantá-los sem as pessoas se tocarem que as vezes faço pra elas as músicas. (Risos)
É
o (a) compositor (a) das suas músicas? E quem produz?
Sim, eu escrevo todas as minhas
músicas, e também escrevo músicas para diversos outros artistas da cena
independente. Acredito que é na composição que melhor desenvolvo meu talento.
Qual
o gênero/estilo da sua música?
Pop, sem dúvidas.
Em
qual ou quais artistas se inspira?
Me inspiro em Taylor Swift, que
consegue descrever seus relacionamentos em suas letras com uma grande
facilidade. Sem dúvidas ela é o meu maior parâmetro atual.
Tem
algum artista que você sonha em fazer um feat.
? Qual?
Sem dúvidas, tenho muita vontade de
fazer um feat com o Davi Cintori. Ele
é uma inspiração pra mim na cena LGBT, acompanho desde o começo.
Sobre
a situação de pandemia que estamos vivendo, em qual momento da carreira você
estava quando a Covid veio à tona e como isso te afetou? Comente.
Isso me abalou muito, porque como
artista nós temos uma responsabilidade social muito grande com o público. E
cabe a nós guiar através das redes sociais e expressar o quão devastador é ver
mais de 500 mil pessoas morrendo por um governo que não tem a vida como
principal agenda política. Eu não tenho saído de casa, ido pra festas, feito
shows. Não acho que isso seja certo, e os artistas que estão fazendo
atualmente, até mesmo os independentes, sem dúvidas sofrerão sérias
consequências num futuro próximo. A verdade é que no fim, todos nós temos o que
merecemos.
Na
sua opinião, qual a maior dificuldade em ser um artista independente? Por que?
Comente.
A maior dificuldade é se manter em
uma estabilidade e ao mesmo tempo não se acostumar com os mesmos números e
públicos. O grande desafio hoje, que tenho visto em quem está começando, é ter
um objetivo. As pessoas querem que as coisas caiam do céu e não é assim que
funciona. Em qualquer carreira, dentro ou fora da música, é preciso ter foco e
objetivo. Se você não tem isso na vida, você não tem nada.
Como
você definiria o seu processo criativo? Você utiliza algum método de
composição?
Sim, acredito que todo compositor
tenha um método específico né? O meu é mais focado no que estou sentindo
naquela semana, ou em um determinado período que já passou. Eu tenho um diário
que conto o que acontece comigo todos os dias, de bom e ruim, dou nomes
fictícios pros “protagonistas”, conto como se fosse uma história fictícia,
mesmo no fundo não sendo. Então eu pego e leio essa história, e conto em forma
de música. De forma que fique comercial também, porque a indústria exige isso
de compositores. Letras e produtos que sejam possíveis de chegar ao gosto
popular.
Acreditamos
que todo artista possui uma persona, ou seja, um personagem para interpretar
sua obra. Você considera que possui essa persona? Está em processo de
construção? Comente
O Pebe é a minha outra persona, é
importante saber separar o artista da pessoa, senão um lado vai te consumir por
completo e não tão cedo vai conseguir recuperar certos pensamentos e viver sem
preocupações.
O
EP "Prazer" foi produzido por quem?
O álbum “Prazer” foi produzido pelo
AZ1NN, meu produtor desde o começo, e co-produzido por mim. Foi um álbum
necessário para me apresentar para as pessoas que me conheciam e que vão me
conhecer.
Tem
alguma curiosidade, alguma situação engraçada das gravações das músicas, dos
clipes que quer compartilhar com a gente?
Tenho um carinho especial pelo clipe
de “Deixe Ela”, por ter sido o meu primeiro clipe musical em que de fato entrei
no processo de a cada dia tentar fazer algo mais e mais profissional.
Queremos
saber também um pouquinho dos planos do Pebe daqui pra frente. O que podemos
esperar? Mais singles? Clipe? novas parcerias? Shows de repente?
Atualmente estou em hiato, mas estou
trabalhando em algo totalmente novo, e vou dar uma longa pausa de 2 anos para
isso. Cheguei à conclusão nesses 3 anos de carreira que eu estive seguindo o
caminho errado, e principalmente as pessoas erradas. Às vezes nós achamos que
por estarmos no meio independente, todos são nossos amigos e estamos juntos
para alcançar algo maior, e recentemente percebi que não. Infelizmente não é
assim. Eu sempre me propus a ajudar a todos, muitos que até então não tinham
ideia de coisas importantes e essenciais para dar os primeiros passos, mesmo
com pouca grana ou popularidade, eu cresci junto com essas pessoas que hoje
viraram as costas pra mim de uma forma bem deprimente e prepotente. Eu não
reconheço os artistas independentes que um dia começaram comigo. E por isso,
estou retraçando tudo, preparando material inédito que vai contar essa história
que dominou esse período da minha vida.
Para acompanhar o trabalho do Pebe e saber todas as novidades, sigam ele nas mídias sociais:
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